Compra-se o fato, ou seja, os miúdos do cabrito (ou carneiro), inclusive o sangue e os mocotós. Limpa-se muito bem o bucho. Põe-se em água fervente rapidamente, só o tempo para soltar a raspa. Tira-se toda a sujeira, lavando-se muito bem. Escalda-se novamente. Lava-se mais uma vez. Corta-se em cubinhos todos os miúdos: tripas, fígado, bofe, coração e rim, em cubinhos. Reserva-se a metade, do fígado, do coração e bofe, para colocar na panela. Divida o buxo em 3 ou 4 pedaços, misture com a outra metade dos miúdos picados e tempere com alho e outros temperos secos, e deixe descansar por algumas horas. Pega-se o buxo dividido, e fazem-se trouxinhas recheadas com a metade dos miúdos, costuram-se as trouxinhas com agulha e linha. Colocam-se as trouxinhas, o mocotó, e a outra metade dos miúdos na panela, coloca-se um pouquinho de água e deixa-se tomar gosto, em fogo muito brando. Deixa-se ferver um pouco e depois se coloca bastante água e deixe cozinhar por 1/2 hora, apaga-se o fogo e deixa-se a panela tapada até o outro dia. No dia seguinte, coloca-se os demais temperos como: pimentão, cebola, tomate, alho, ervas frescas, temperos secos (pimenta do reino, sal e ervas secas) e bastante coentro em rama. Junta-se também o sangue. Em certas regiões nordestinas, também se acrescenta arroz cru à panela.
Dica: cozinhe em fogo brando, até que o mocotó esteja molinho.
Para servir, faça um pirão de farinha de mandioca com o caldo, para acompanhar a buchada. Pode também ser acompanhada com pirão de cuscuz nordestino.
Acompanha também arroz branco e uma boa cachaça de alambique.
Receita original do caderno de receitas da Quitéria. Receita testada pela Quitéria e feita muitas vezes, em reunião de nordestinos..